Dos velhos retratos pululam memórias
Faíscas de vida translúcidas apenas em mim
Eis o tempo e seus dissabores.
Os amores se foram, as flores murcharam
Aquele velho amigo tornou-se estrangeiro
Eu, nas brumas, perdi-me...
Marcharam para onde os do retrato?
Em que esquina deitei minha felicidade?
O que fazer com a terceira margem nunca encontrada?
Álbuns são memórias dilatadas
Às vezes curam, outras tantas, doem.
FRANCO, Elis. In: Mulher poesia: antologia poética v. 3. Ivan de Almeida. Salvador: Cogito, 2018, p. 78
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