Quando não se deseja ficar,
é imoral devotar amor,
dizer-se apaixonado.
Amor é repousar a cabeça
pensando na eternidade
(esse sonho infantil).
É escolher permanecer
por gratidão, tesão, ou
− quem sabe –
sentimento.
Ou por tudo isso
reunido,
ou por nada disso: amar é
insondável profundidade.
Se não desejas ficar,
não faças juras de amor,
apenas fiques pelo tempo que for.
FRANCO, Elis. In: MOTHÉ, Fernanda (Org.). DiVersos lados do amor. Campos dos Goytacazes: Darda Editora, 2018. p. 15
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